Praxis

EDUCAÇÃO NO CAMPO:

Adriana Antunes Perin — 2021-04-17

A educação desenvolvida no meio rural ou no campo foi relegada ao esquecimento desde o início da história da colonização brasileira. Com o crescimento demográfico e econômico, o campo tornou-se alvo de interesse por concentrar grande parte
da população e por ser área de desenvolvimento de atividades produtivas. Neste contexto, a educação no campo passa a sofrer o processo de expansão, e o ensino rural chega a grande parte dos recantos deste país. Decorrido quase que um século, observa-se um movimento contrário: o de nucleação das escolas do campo. Também contrária é a situação do campo, com a concentração das atividades econômicas no meio urbano a tendência, que já se confirma, é de que a população urbana supere a rural. Ambos os movimentos são fruto da legislação vigente nos períodos em que ocorrem, porém, os discursos oficiais escondem seus reais interesses que são movidos por demandas econômicas. Tanto no movimento de expansão como no de nucleação, não são observadas maiores preocupações com a qualidade do ensino a ser ministrado nem tampouco com a identidade cultural dos sujeitos nele envolvidos: os habitantes do campo. Ao elaborar-se este estudo investigativo, a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e a literatura base se constituiu em dados coletados junto a legislação e a pesquisas já realizados nesta área.

UMA NOVA ESCOLA PARA UM NOVO PERFIL DE ALUNO

Evandro Consaltér — 2021-04-17

O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a importância da adoção de uma postura transdisciplinar nos processos de ensino-aprendizagem para que se possa alcançar uma proposta educacional mais humanizadora. De acordo com a literatura pesquisada, a humanidade passa por um processo de transição de épocas, o que causa uma sensação de insegurança, instabilidade e de uma profunda incerteza quanto à forma de agir e de cultivar valores. Dessa forma, o sistema educacional em sua estrutura fragmentada já não comporta as necessidades dessa nova sociedade em processo de formação. Portanto, impera a necessidade das escolas proporem uma cultura de aprendizagem integradora, capaz de fazer com que os sujeitos desse processo possam se reconhecer como responsáveis por sua própria história. Assim, o estudo apresenta a postura transdisciplinar e a formação continuada de professores como alternativas para transformar a educação em uma verdadeira ação emancipatória e de prática de liberdade.

A PEDAGOGIA EMPRESARIAL E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO

Flávia Marcolina — 2021-04-17

No mercado competitivo que vivemos diferenciar-se é necessidade fundamental para as empresas. O planejamento estratégico proporciona uma reflexão, análise e melhor interação da empresa com seu ambiente interno e externo, o que auxilia o empresário no direcionamento dos recursos e nas ações da empresa visando atingir seus objetivos. Este artigo ressalta a importância do Pedagogo Empresarial no planejamento estratégico da empresa, sendo a atuação do mesmo, um suporte para a área de Gestão de Pessoas, juntamente com outros profissionais da área, que irão conduzir os processos de aprendizagem e o crescimento de cada organização. Desta forma, pode ocorrer o desenvolvimento de suas habilidades em criar situações adequadas para o futuro, transformando esta visão em realidade, desenvolvendo e gerenciando os recursos estratégicos necessários, já que as mesmas vêm enfrentando um ambiente extremamente competitivo, inseridas em uma sociedade profundamente afetada pelos novos paradigmas introduzidos pela chamada sociedade da informação.

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: UM PROCESSO DE PRÁXIS

Jeci Bisolo — 2021-04-17

O Projeto político-pedagógico é parte integrante do processo de planejamento da escola, o qual lhe garante uma identidade própria que se expressa nas práticas pedagógicas de seus indivíduos. Sendo assim, o estudo que segue, consiste numa pesquisa
bibliográfica do processo do projeto político-pedagógico, na perspectiva da práxis pedagógica e da educação libertadora. Por isso, busca compreender por que e para que um projeto político-pedagógico, como se dá sua construção/reconstrução e quem faz parte da mesma. Entende-se que um projeto de escola tem caráter pedagógico e político, condições de sua sobrevivência. O apoio econômico e legal também são necessários. Para a efetivação da pesquisa, utiliza-se como metodologia, o estudo bibliográfico. O texto aborda três itens principais, sendo: a) por que e para que um projeto político-pedagógico; b) construindo um projeto político-pedagógico; c) os sujeitos do projeto político-pedagógico, os quais constituem um referencial teórico com base em autores que abordam a temática. Há condições que possibilitam a vigência e a qualidade do processo de um projeto político-pedagógico, na perspectiva da educação libertadora, tais como: a formação continuada dos educadores; a existência de um grupo dinamizador coordenando o processo de forma participativa e democrática; uma constante ação-reflexão da prática pedagógica; avaliação permanente do processo pedagógico; leitura e abertura para o mundo, realizando análise de fatos e acontecimentos objetivando respostas frente aos desafios do mesmo; exercício do poder-serviço; atitude e ações permeadas pelo diálogo; respeito pelo processo dos indivíduos; problematização e investigação como base de todo o processo, dentre outros, referidos no decorrer do texto.

FILOSOFIA E EDUCAÇÃO:

João Alberto Wohlfart — 2021-04-17

Dentro do contexto dos 200 anos de publicação da Ciência da Lógica, de G.W.F. Hegel, o artigo propõe explicitar os componentes da filosofia hegeliana que estruturam a Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire. A estrutura e a concepção dialética da Filosofia da Educação freireana inspiram-se em aspectos estruturantes da filosofia hegeliana distribuídas em várias obras. O texto que segue tem como objetivo derivar o modelo da educação bancária criticado por Paulo Freire e baseado em relações sociais de dominação da “Dialética do Senhor e do Escravo” exposta por Hegel no começo da Fenomenologia do Espírito. Na mesma perspectiva, a proposta freireana de intersubjetividade na educação emana do conceito hegeliano de reconhecimento. A concepção dialética de conhecimento que integra os polos da subjetividade e da objetividade em sempre novos níveis de efetivação e a visão de verdadeiro como um todo evidenciam a vertente epistemológica do conhecimento que liga Freire a Hegel. A concepção de História na relação entre a efetividade histórica e a derivação do conhecimento aproxima os dois pensadores na perspectiva da Filosofia da História.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES:

Arnaldo Nogaro — 2021-04-17

O presente artigo resulta de uma revisão bibliográfica cujo objetivo é construir uma reflexão em torno do tempo vivido hoje por estudantes e professores na escola, mais especificamente uma problematização do papel e da responsabilidade no professor
na condução do processo pedagógico. Sem dúvida trata-se de um tempo diferente, contemporâneo, com características sui generis que possibilita aos estudantes a prática de atitudes e comportamentos até então não vividos no ambiente escolar, o que
deixa os educadores em alerta e põem em xeque o seu preparo e formação para lidar com tais situações. O que temos percebido é o professor colocando-se na defensiva e responsabilizando os estudantes pelo quadro vivido, no entanto, acreditamos que
o mais fecundo e profícuo seria o professor deixar de querer mudar o estudante e mudar-se a si mesmo, criando alternativas e formas mais equânimes de responder a tais situações. Este, talvez, seja o grande desafio posto aos educadores hoje.

GARATUJAS, EVOLUÇÃO GRÁFICA E LETRAMENTO

Roberta Bassani Federizzi — 2021-04-17

Este artigo apresenta uma pesquisa de cunho qualitativo que objetiva compreender a importância da garatuja no processo de aprendizagem na educação infantil, bem como analisar se garatujar auxilia na aquisição e no desenvolvimento da escrita. Numa pesquisa de campo, feita em turmas de maternal e jardim em duas EMEIs1 da cidade de Marau-RS, observou-se atividades embasadas nas garatujas e registrou-se em diário de campo. Utilizou-se de entrevista estruturada respondida por professoras
que atuam tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental, procurando evidenciar a importância da garatuja nestas duas etapas de escolarização, sendo que garatujar promove um importante suporte a sua futura escrita e letramento. A pesquisa bibliográfica foi embasada em autores afins à área educacional. Este estudo busca contribuir para o meio educacional e à prática pedagógica dos educadores, evidenciando que desenhos estereotipados privam a imaginação e bloqueiam a expressão criadora, assim as garatujas devem ser cada vez mais estimuladas, bem como o incentivo à sua prática.

O PAPEL DO PROFESSOR REFLEXIVO NA AÇÃO DOCENTE INTERAGINDO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DO EDUCANDO

Neide Lazzari — 2021-04-17

Este artigo trata da importância do papel do professor reflexivo na ação docente. O principal objetivo deste artigo é avaliar o resultado da ação reflexiva do professor na construção do conhecimento do educando. Trata-se de uma atividade de provocar
a necessidade de revisar as atitudes comportamentais dos profissionais na área da educação, identificando como o educador cria condições para tornar-se reflexivo. Abordam-se aqui os três aspectos destacados e apoiados por Dewey, ou seja, reflexão da prática, reflexão da ação e reflexão sobre a prática. A partir do estudo desses pressupostos, procura-se conceituar cada um e conhecer a forma como um profissional pode tornar-se reflexivo. Refletir remete a um estado introspectivo do pensar, abordando situações problemáticas vivenciadas diariamente, buscando compreendê-las e, com isso, tentando criar alternativas que auxiliem no processo educativo, interferindo na construção da aprendizagem. Refletir sobre a ação é tão importante quanto saber executá-la, observando o que precisa ser aprimorado.

ENSINAR-APRENDER COMO PROCESSOS DE PESQUISA:

Márcia Carbonari — 2021-04-17

O presente texto visa traçar algumas considerações sobre o processo de formação de professores a partir da tensão entre um ensino-aprendizagem centrado no saber ou no conteúdo e um ensino-aprendizagem baseado em desenvolver competências.
Não é possível formar professores/as sem fazer escolhas e estas têm profunda imbricação com o modelo de sociedade e a concepção de ser humano. Essas escolhas mudam a finalidade da escola, assim como o papel do professor. Será diferente se
optarmos por uma instituição de formação que desenvolve a autonomia ou o conformismo. Os paradigmas da centralidade no conteúdo ou na técnica/competência indicam a instrução ou instrumentalização dos sujeitos envolvidos. Elas adaptam o sujeito. Compreender melhor como esses dois “paradigmas” se manifestam e suas implicações na ação docente e no modo como nossos/as professores/as são formados/ as leva-nos a tecer algumas considerações sobre o que pensamos ser fundamental
a fim de fugir de um e de outro paradigma, propondo elementos para pensar a formação de professores que permita problematizar, refletir a ação docente numa relação sempre tensional e inovadora entre teoria e prática, entre um saber e um
saber fazer. Nesta perspectiva, a dimensão da pesquisa como forma de criar e recriar teoria e prática exige dos sujeitos implicados uma capacidade de colocar-se dentro, por dentro do processo. Eis o grande desafio formativo.